Seminário (Universidade José Eduardo dos Santos - Huambo) dia 26 de Março de 2017.
Flora, Vegetação e Biogeografia do Sudoeste de Angola e Continente africano: Conhecimento e desenvolvimento sustentável
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José Carlos Costa & João Cardoso. A Flora e Vegetação do SW de Angola.
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Thomas Schmitt. Advances in biogeography of Africa by the application of genetic methods. (Avanços no conhecimento da biogeografia de África pela aplicação de métodos genéticos).
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Frederic Bioret. Les contraintes écologiques sur l'organisation des communautés végétales côtières (plages, dunes et marais salés). As condicionantes ecológicas na organização das comunidades vegetais costeiras (praias, dunas e sapais).
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Jorge Capelo, Carlos Neto & João Paulo Fonseca. As alterações climáticas pós Miocénicas e os modelos de disjunção da flora e vegetação em África.
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Francisco Silva & Maria do Céu Almeida. Valorização turística dos territórios e comunidades com base no património natural.
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Carlos Aguiar. Apresentação da 1ª edição do livro de botânica.
Geobotanic Expedition to the Delta of Cunene River
(Expedição Geobotânica ao Delta do Rio Cunene)
Angola - 27 Março to 10 Abril 2018
Objetivos da expedição
Esta expedição tem como missão promover o conhecimento científico em torno da flora e vegetação africana e de forma mais geral da biodiversidade e património natural, particularmente do sudoeste de Angola, de forma a contribuir para o seu conhecimento, divulgação, valorização e consequentemente para o desenvolvimento sustentado e valorização do território e das comunidades do centro e sul de Angola.
Nesse sentido, a expedição conta com quatro objetivos principais:
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Contribuir para o desenvolvimento do conhecimento científico em torno da biogeografia de África e particularmente da flora e vegetação africanas e do sudoeste de Angola;
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Promover e valorizar a cooperação entre várias instituições e áreas do conhecimento e de ação, particularmente de instituições do ensino superior e associações ligadas ao estudo e gestão da biodiversidade e de territórios de grande valor natural;
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Promover uma abordagem holística, estabelecendo pontes e áreas de ação que visem contribuir para a valorização do património natural e para o desenvolvimento sustentável. Destaca-se a importância ao nível de atividades económicas como o turismo e de áreas de ação de grande importância para as comunidades locais que possam ter melhorias associadas à valorização do território;
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Promover e valorizar o património natural do sudoeste de Angola através da realização de reportagens fotográficas e em vídeo relativas à biodiversidade das áreas atravessadas pela expedição, assim como da componente de paisagens naturais e culturais.
Como objetivos específicos destacam-se:
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Realização de um seminário internacional sobre a flora e vegetação africanas e da sua interligação com o desenvolvimento sustentado do território – “Flora, Vegetação e Biogeografia do Sudoeste de Angola e Continente africano: Conhecimento e desenvolvimento sustentável”. Conjuntamente será apresentado do livro de botânica do Professor Carlos Aguiar. O seminário será realizado no dia 26 de março na Universidade José Eduardo dos Santos, em Huambo – Angola;
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Proceder a um levantamento florístico das áreas compreendidas entre o Huambo – Namibe – Foz do Cunene – Parque do Iona – Benguela – Huambo, assim como a realização de inventários florísticos para a descrição das comunidades vegetais (composição florística, corologia, características estruturais e ecológicas);
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Proceder à recolha de material vegetal para herborização para posterior identificação e acomodação em herbários de Angola e de Portugal e de material para sequenciação de DNA;
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Proceder ao acompanhamento de campo dos orientandos de doutoramento e mestrado (4 na totalidade) que estão a ser acompanhados por membros da expedição na Universidade de Lisboa, nas áreas da flora vegetação e modelação de distribuição de espécies e comunidades vegetais em cenários de alterações do clima;
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Realizar uma reportagem fotográfica e em vídeo da flora, da vegetação, assim como das restantes componentes da biodiversidade, da geomorfologia (formas de erosão e acumulação) e das paisagens naturais e da interação entre as comunidades e os territórios estudados. É nosso objetivo que estes levantamentos sirvam para a produção de material de divulgação do património Natural e Cultural do sudoeste de Angola por forma a desenvolver mecanismos de potencialização destes recursos numa perspetiva de crescimento e desenvolvimento das comunidades locais;
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Elaboração de uma base de dados com informação georreferenciada, fotografia e vídeo que sirva de suporte e apoio a futuros trabalhos de cartografia automática da vegetação e produção de modelos digitais de terrenos, ou de cartografia geomorfológica, quer por estudantes da Universidade de Lisboa, em particular do IGOT, quer das Universidades angolanas José Eduardo dos Santos e Agostinho Neto;
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Recolha de espécimes a integrar a coleção do Senckenberg Deutsches Entomologisches Institut, com identificação dos exemplares recolhidos e elaboração da sequenciação de DNA, para posterior cruzamento com outros trabalhos já efetuados e que virão a ser desenvolvidos, quer no âmbito dos insetos, quer nas plantas, de forma a contribuir para o conhecimento e melhoramento dos modelos biogeográficos associados à RandFlora (flora marginal de África), a qual está estreitamente relacionada com a flora e a vegetação das ilhas atlânticas da Macaronésia (principalmente Madeira, Canárias e Cabo Verde);
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Estabelecimentos de protocolos de colaboração entre universidades, designadamente a Universidade de Lisboa, a Universidade José Eduardo dos Santos, a Universidade Agostinho Neto e respetivos herbários ao nível de disponibilização e intercambio de material e colaboração em futuros projetos de investigação e ensino conjuntos;
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Levantamento das relações entre a comunidade e o território, particularmente no que se refere à interação, usos e valorização dos ecossistemas naturais e da vegetação;
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Levantamento do potencial turístico das regiões visitadas, com objetivo de estudar e propor soluções que possam valorizar a economia local com base no desenvolvimento turístico sustentado, particularmente suportado nos recursos naturais do território, e que possam potenciar o desenvolvimento das populações e fomentar o aumento da sua resiliência.
Percurso Previsto:
Dia 24 de Março: saída de Lisboa;
Dia 25 de Março: Chegada à cidade do Huambo;
Dia 26 Março: Seminário na Universidade José Eduardo dos Santos;
Dia 27 Março: (partida para Lubango) – Dormida em Lubango;
Dia 28 Março: (Trabalho de campo na Tundavala – realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo) – Dormida no Lubango;
Dia 29 Março: (saída para Namibe pela manha e subida à Serra da Leba - realização de inventários, recolha de material, reportagem fotográfica e vídeo) – Dormida no Namibe;
Dia 30 Março: (Saída para o Delta do Cunene ou dormida na Baia dos Tigres - realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 31 Março: (chegada ao Delta do Cunene – dormida na Foz do Cunene e reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 1 Abril: (trabalho de campo junto à foz do Cunene - realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 2 Abril: (partida da Foz do Cunene pelo interior do Parque Natural do Iona até Espinheira – dormida em Espinheira. Realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 3 Abril: (dia inteiro arredores de Espinheira - realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 4 Abril: (partida para Namibe – dormida em Namibe. Realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 5 Abril: (Partida para Benguela – Dormida a meio do percurso. Realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 6 Abril: (partida para Benguela – Dormida em Benguela. Realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 7 Abril: (partida para Morro do Moco – dormida em Kanjonde);
Dia 8 Abril: (subida ao Morro do Moco – dormida em Kanjonde. Realização de inventários, recolha de material, realização de fotografia aérea, reportagem fotográfica e vídeo);
Dia 9_10 Abril: partida para Huambo – Avião para Lisboa.
Equipa participante na expedição ao Sudoeste de Angola.
1. Carlos Aguiar (IPB) - Professor da Instituto Politécnico de Bragança;
2. Carlos Neto (IGOT/CEG) - Professor Associado do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa;
3. Francisco Silva (ESHTE/CEG) - Professor Adjunto da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e investigador do Centro de Estudos Geográficos;
4. Frederic Bioret (U. Brest) - Professor Catedrático da Universidade de Brest e Presidente da Federação Francesa de Fitossociologia;
5. João Cardoso (UJES) - Vice-Reitor da Universidade José Eduardo dos Santos;
6. João Paulo Fonseca (CEG/ISPA) - Professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada e investigador do Centro de Estudos Geográficos;
7. Jorge Capelo (INIAV) - Investigador do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária;
8. José Carlos Costa (ISA/LEAF) - Professor Associado do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa;
9. Thomas Schmitt (SRI) - University Professor, Director of the Senckenberg Research Institute “Senckenberg German Entomological Institute”.